Edmundo na briga por lugar de Zico

Mudado, mais tranquilo mas não virado do avesso, Edmundo está em ponto de ebulição no Palmeiras, onde reatou de forma consistente a carreira de futebolista e tem grandes objectivos a atingir: com o golo marcado na vitória do Verdão sobre o São Caetano por 3-1, no domingo, o ex-Animal está a dois golos de entrar para o pódio dos maiores artilheiros da história do campeonato brasileiro. Com 133 golos apontados no campeonato nacional ao longo da carreira, Edmundo está a dois da marca de Zico, que marcou 135 entre 1971 e 1989 e é o terceiro maior artilheiro da história do Brasileirão.

O líder deste ranking particular, com 190 golos, é Roberto Dinamite, figura maior da história do Vasco da Gama, líder também da oposição ao presidente Eurico de Miranda. Dinamite disputou o Brasileirão entre 1971 e 1992 e conta com a perseguição de uma outra grande figura vascaína, esta ainda em actividade: Romário, com 152 tentos, marcados em 1995 e 2005. Túlio "Maravilha" era quarto na lista (129 golos, entre 1988 e 2005) mas foi ultrapassado por Edmundo que é o único actualmente em actividade no Brasileirão de 2006.

A ansiedade por atingir a marca e um novo enquadramento familiar ajudarão a explicar a irritação do atacante no final do jogo com o Azulão, quando afirmou que “só por inveja” não tinha conseguido fazer mais golos na partida. A Imprensa entendeu a crítica como dirigida a Juninho Paulista, colega de Edmundo, e que acusara “gente experiente de ficar dando chutão para a frente”, quando o São Caetano parecia estar a crescer.

Juninho já desmentiu atritos com o companheiro, a quem parece apoiar nos esforços por ser também o artilheiro da prova este ano. Com oito golos na conta pessoal, está a dois dos líderes Schwenck e Soares, do Figueirense, e Souza, do Goiás, e por isso sonha com repetir um feito que alcançou em 1997, quando fez incríveis 29 golos, numa prova que não se disputava por pontos corridos e tinha menos jogos. Seria também a primeira vez que o Palmeiras inscreveria um artilheiro na prova.

Além do mais, Júnior, o filho mais novo, não se lembra do pai no auge da fama e Edmundo gostaria de lhe conseguir explicar porque ainda lhe pedem autógrafos.

fonte: o jogo

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