Dunga - Seleção Brasil
O primeiro critério do técnico será sempre criar uma equipa com equilíbrio e não uma constelação
Dunga enterrou na quinta-feira passada, em São Paulo, as especulações em torno do desenho táctico da selecção brasileira sob o seu comando: mais para pedreiro do que para arquitecto, o ex-capitão da selecção anunciou a morte do quadrado mágico e simplificou a receita para um ingrediente só, o equilíbrio.
Com alguns jogos particulares pela frente, com tempo para fazer as observações e os testes que lhe permitirão montar o seu próprio leque de opções e simultaneamente conter resquícios de "titularite aguda" entre as estrelas que herdou de Parreira, Dunga diz que vai escolher os 11 na hora certa, por muita qualidade e talento que o grupo de 22 possa ter.
"Minha metodologia é a seguinte: não posso arrumar lugar para todo mundo na equipa. É como em uma empresa jornalística: pode ter dois repórteres e três cinegrafistas, mas tem que colocar só um de cada. Se colocar tudo junto, não sai uma coisa boa", disse, num evento que reuniu ex-campeões do Mundo em São Paulo.
Garantindo ter carta branca para fazer as escolhas que considerar mais adequadas, o que inclui Ronaldo "Fenómeno", Dunga afirmou que estará sempre na mão dos atletas serem chamados à selecção. Robinho e Ronaldo como dupla de ataque? "Vai depender dos próprios jogadores", respondeu o técnico, usando o caso do Fenómeno. "Tenho total liberdade de chamar quem quiser. Mas ele não está jogando, está em recuperação.
Todos os jogadores que estão em actividade têm condições de defender a selecção brasileira. Vai depender da continuidade deles nos clubes, de como estão se apresentando. A porta da selecção está aberta para todos. Quem se convoca são eles", reafirmou.
Outra garantia dada pelo técnico é a de que tentará aproveitar os talentos do escrete com respeito às suas características de jogo, afinal o modo como poderão ser mais úteis ao colectivo. "Dentro do possível, vamos aproximar o máximo possível os jogadores das características em que eles jogam em seus clubes. E o Ronaldinho não foi diferente. Ele jogou na posição em que actua no Barcelona", exmplificou, referindo a utilização do melhor do mundo no jogo amigável com o País de Gales.
"A porta da selecção está aberta para todos"
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