O presidente do Corinthians afirmou ontem que Carlito Tevez não pode ser negociado pela MSI sem o seu consentimento, apelidando de “especulações da imprensa” informações de que o argentino teria já assinado um pré-acordo com um clube europeu, ao abrigo da legislação que permite essas negociações a seis meses do fim dos contratos entre clubes e jogadores. As suspeitas, desde que Carlito chegou a São Paulo, como o mais forte investimento do futebol brasileiro (22 milhões de euros, especula-se) e bancado pelo fundo de Kia Joorabchian, é que no mesmo momento da assinatura do contrato teria sido assinado em branco um documento liberatório que garante ao empresário cuidar do seu investimento argentino, independentemente da saída da parceira assinada com o Timão. “Qualquer clube que queira contratar o Tevez precisa nos consultar formalmente e isso não aconteceu”, disse Alberto Dualib em entrevista à rádio “Jovem Pan”.
Menos certeza apresentou o dirigente para classificar o estado do acordo entre o clube e o fundo do iraniano que sustenta o futebol corintiano, e também como vai o clube lidar com o atraso deliberado de Tevez. Carlito viajou, como de costume para a Argentina, faltou aos treinos até agora – a equipa está em estágio para defrontar o Juventude – e ontem a rede Globo até mostrava imagens da participação do “apache” no palco da banda de cumbia Las Palmeiras, cantando feliz da vida. O correspondente da estação registou várias reacções de argentinos, uns pouco surpreendidos com a bronca, já que Carlitos era useiro e vezeiro nelas, nos tempos de Boca Juniors, e um senhor muito indignado, jurando que as imagens eram de “um imitador. “No es Carlito, no es él”, assegurava.
Dualib diz-se também surpreendido. “Não teve problema nenhum dentro da equipa. Com o Leão, por exemplo, não teve tempo para acontecer algo”, comentou, meio esquecido do episódio da braçadeira de capitão e da recusa quanto à ida a Londres. Para acabar de vez com a tranquilidade corintiana, subsistem as dúvidas quanto ao facto do dia do jogo entre a Argentina e o Brasil ser uma “data FIFA”. A CBF acha que sim, a federação argentina acha que não…
Enquanto isso…. Kia Joorabchian vive o luto pelo falecimento do pai e curte mais ressentimento contra Emerson Leão, à conta do episódio da carta de agradecimento pelas condolências. O tom parece de despedida, mas há quem assegure que o jovem iraninano está apenas a juntar a “camioneta” de dinheiro necessária para chegar a São Paulo e despedir o técnico. Dualib, num tom meio confuso, admite não saber se a parceria “ainda existe”.
Fonte: o jogo