Dida abandona selecao Brasileira
O guarda-redes do Milan Dida está fora da seleção brasileira a pedido, e mesmo que mude de ideia o técnico Dunga anunciou que não tenciona chamá-lo a voltar a usar a camisola amarela do escrete. Dunga revelou a decisão de Dida em entrevista ao programa "Esporte Espectacular", da rede Globo e mostrou que não gostou nem um pouquinho da atitude do guarda-redes Dida. Com o afastamento de Dida, sobem exponencialmente as chances de Helton integrar de forma mais assídua ou até permanente o grupo de Dunga, que chamou o guardião portista para os particulares deste nês da selecção.
"Dida ligou falando que não estava nos planos dele jogar na selecção brasileira. O nosso treinador de guarda-redes pediu que Dida mandasse por escrito [a solicitação de dispensa] mas até agora ele não mandou", explicou Dunga, firme na vontade de só manter na selecção quem estiver disposto a dar a carne e os ossos. "Não queremos nenhum jogador que não queira representar o Brasil, que não tenha o prazer de estar aqui. O jogador na selecção, além do corpo, tem de colocar a alma e o coração aqui dentro", sentenciou o novo seleccionador, num jeito que o caracteriza desde os tempos de jogador.
No programa, Dunga afirmou também que o caso de Ronaldo, outro que vinha ficando de fora das suas escolhas, não tem a ver com o caso de Dida. "A forma como o Ronaldo se colocou [em relação à selecção] é muito diferente. Acho que todo o jogador que está em actividade tem de sonhar, tem que trabalhar e ter essa aspiração de jogar na selecção brasileira. Agora, vou repetir: não é que eu seja duro, ou chato, ou disciplinador, mas eu gosto de disciplina. Então, quem decide que vai jogar ou não, certo ou errado, é o treinador", disse Dunga.
Dida esteve nos três últimos campeonatos do Mundo, designadamente em 1998, na França, em 2002 na Coreia do Sul e no Japão, e em 2006 na Alemanha. Em 1996 disputou os jogos Olímpicos de Atlanta, nos EUA, posto que quatro anos depois deixou para Helton, em Sidney. Em 133 chamadas à selecção principal, o guarda-redes do Milan conta 92 jogos (fez 17 pela Olímpica), tendo ascendido de "terceiro" no Mundial da França a suplente imediato de Marcos no pentacampeonato com Felipão e titular com Parreira na Alemanha.
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