Tempo de fazer as malas e regressar a casa, tempo para agradecimentos e elogios. Luiz Felipe Scolari fez ontem, já o treino de descompressão, ainda em Munique, decorria, uma curta declaração, ressalvando, de novo, o orgulho que sente pelo trabalho que os jogadores explanaram no decorrer dos jogos do Mundial. Agradeceu a hospitalidade do povo alemão e lamentou que o encontro de amanhã, em Estugarda, frente ao bloco teutónico não fosse o de atribuição do título mundial. Era com a Alemanha que Felipão gostava de ter jogado a final.
Para a história ficará o encontro de atribuição do terceiro e quarto lugares. O chamado jogo “desconfortável” que ninguém gosta de jogar. Scolari diz que não e quer as tropas motivadas. “Para nós é um motivo de orgulho e de grande satisfação estarmos entre os quatro finalistas. Trinta e duas selecções iniciaram a prova e quatro chegaram à semifinal. Estar entre as quatro para nós é um feito, é histórico e os nossos atletas fizeram realmente por merecer todas aquelas situações de envolvimento com o nosso país”.
Logo a seguir os primeiros agradecimentos. “Queremos em primeiro lugar agradecer a todas as pessoas em Portugal por todas as manifestações carinhosas que têm tido com os nossos atletas. Dizer a essas pessoas que os jogadores fizeram o melhor desde o princípio e não é porque perdemos ontem [anteontem] que vamos baixar a cabeça, que nos vamos sentir mal, que vamos ter uma situação de desconforto. Perdemos frente a uma grande selecção. Agradecemos imensamente a todos aqueles que ontem [anteontem] torceram por nós e não só em Portugal, como em outros locais de todo o Mundo”.
O discurso de cortesia estendeu-se depois a outras paragens: “Esta pode ser uma penúltima manifestação nossa e por isso queremos agradecer à Alemanha pela organização, pela forma como nos trataram, principalmente as pessoas do Hotel Klosterpforte em Marienfeld, que fizeram com que nós nos sentíssemos em casa, nos sentíssemos um pouco alemães”.
Depois uma abordagem ao embate de amanhã, em Estugarda: “Vamos fazer um jogo de terceiro e quatro lugares com a Alemanha, gostaríamos de estar a fazer o jogo do primeiro e segundo lugares com a Alemanha, mas vamos jogar este. Para nós é um orgulho. É uma partida entre selecções que se respeitam, entre técnicos que se respeitam, entre jogadores que se respeitam. Vamos ver se conseguimos ainda uma situação de terceiro lugar que para nós é maravilhosa”.
Nas despedidas, o louvor ao trabalho dos jogadores seleccionados: “Queria colocar isso para vocês para que todo o Mundo soubesse que estamos orgulhosos dos nossos atletas, estamos felizes por estar aqui na Alemanha, por tudo o que este país nos ofereceu e jogar com a Alemanha para nós é um prazer e uma alegria”.